Naquela montanha onde o frio e a dor reinavam
o amor pedia compaixão e a paz pedia socorro
à luz que se dizia clara pedia iluminação
no escuro à cegueira da luz se torna ilusão
no escuro o vazio é maior do o nada ao seu redor
a água que bebo tem gosto sangue e cheiro de podre
a terra onde piso é acida e faz meus pés sangrarem
o ar que respiro contamina minha mente,
o crocodilo engoliu o sol,
as águas evaporaram sem que se formassem nuvens nos céus
meu corpo esfarela, minha alma se torna pó.
Nossos olhares distantes
perseguidos por pura ilusão
sem noção do que se ver
sem nada entender...
nossas cores desbotadas sem vida
nossa vida já se foi
mais ainda esperamos a hora
o tempo que se restou não tem mais nenhum sentido
o tempo já se foi agora é tarde
sim tarde agora é
o sol já se foi
mais o suor é constante
nossa luta sem vitorias.
Tempo jogado fora
tempo que era valioso
mais naquele tempo o tempo não tinha valor
hoje o tempo que se foi é como ouro distante
tempo que era redondo e bom mais não sabíamos
hoje é quadrado
hoje nos abate
nos machuca nos envilece.
Nossas feridas sagradas
nossas lagrimas secas
não adianta chorar
chorar não adianta
tempo de paz oculta onde a guerra era constante.
O TEMPO SE FOI
SE FOI O TEMPO
TEMPO QUE ERA BOM
BOM ERA
BONS NÃO ERAMOS.
BONS PODERIAMOS SER NAQUELE TEMPO, BELO TEMPO...
Jonathan Villaça
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